sexta-feira, 13 de novembro de 2009

UM PEQUENO GRANDE SER HUMANO


Wagner Lopes - Criação e Arte Werner Coiffeur


Quem circula pela Academia Werner já deve ter reparado um moço baixinho, magrinho, meio elétrico, sempre correndo prá lá e pra cá. Seu nome? Wagner Lopes que apesar de ser pequenininho em estatura tem uma enorme responsabilidade na Rede Werner: criar o tema e organizar as novas coleções - junto com outros profissionais, claro! Uma tarefa dessas não é para um só. Mas brota da cabeça dele.

Eu nem sei exatamente como o conheci, e também nem importa muito porque gosto dele de graça. É prestativo, atencioso, muito simpático e acabei sentindo desejo de conhecer um pouco mais da vida deste excelente profissional. Perguntei se ele me concederia uma entrevista e ele "topou".

Wagner nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 79. É Bacharel em Língua e Literatura Alemã, pela Universidade Federal Fluminense - UFF e já foi bancário, professor, supervisor de telemarketing, colorista e hoje trabalha na Criação e Arte da Rede Werner Coiffeur.

Convido vocês a conhecerem um pouco mais da vida de Wagner Lopes.

1) Há quanto tempo você está na Werner? Já entrou responsável pela criação das novas coleções? Conte um pouco da sua história na empresa.

WL: Quando saí do setor jurídico de uma grande empresa de telefonia, não sabia ao certo o que poderia fazer. Nunca havia trabalhado no ramo da beleza antes e, por intermédio de um amigo, conheci a rede Werner Coiffeur. Este mesmo amigo me aconselhou a fazer alguns cursos de corte, escova e coloração em outras redes para que eu experimentasse a vida de um profissional de beleza e avaliasse se valia a pena. Três meses depois eu estava ingressando no curso de coloração da rede Werner. Em maio de 2008, quando eu estava terminando o curso, já com planos para ir como colorista para uma loja, o diretor técnico, Sergio Werner, me convidou para assumir a coordenação da Oficina de Criação, após ter visto um vídeo que eu fiz para o curso de maquiagem. No mês seguinte, eu estava contratado e já desenvolvendo a minha primeira coleção: Nostalchic Collection.

2) Para a última coleção Botanik ( Primavera Verão) você foi buscar inspiração em algumas flores. Como as escolheu? Como foi o processo de criação?

WL: Na coleção mais recente, as flores foram escolhidas como temática. Partindo disto, como a variedade de flores é quase infinita, busquei pela forma, cor e significado as que mais se assemelhavam aos cortes que foram apresentados. Para falar a verdade, foi um trabalho fascinante, pois pude aprender um pouco mais sobre este universo tão incrível que só as floriculturas conhecem.

Rudi Werner cortando o meu cabelo durante o Lançamento da Botanik Collection.

Wagner Lopes (de preto) atento a tudo.

3) Como é criar uma coleção? Quais são as etapas e quanto tempo em média leva da concepção ao lançamento.

WL: Criar uma coleção é um processo maravilhoso! É um trabalho que envolve pesquisa de tendências mundiais de corte, coloração, maquiagem e claro, moda. As passarelas da Europa ditam tudo o que será utilizado nas próximas estações o que, de alguma forma, facilita muito. Além destas tendências, ouço, vejo, leio e busco muitas informações sobre tudo o que está acontecendo no mundo, seja na música, em filmes, na política. Isto só me alimenta de mais informações e ajudam a ‘entender’ o mundo que está ao meu redor. O meu trabalho consiste em filtrar todas estas informações e dar a ‘cara’ da empresa junto com os profissionais que fazem parte da Oficina de Criação – equipe de profissionais de corte, coloração, maquiagem e styling da rede Werner Coiffeur. Depois de decidirmos os cortes, colorações e maquiagem que utilizaremos na coleção, fazemos o casting de modelos, a gravação do DVD com o passo a passo das técnicas e as fotos. Quando todo este material está pronto, fazemos a apresentação da nova coleção em um Workshop Técnico para os profissionais da rede e eles repassam estas informações para as lojas. Após este processo, fazemos o lançamento nas lojas e em feiras de beleza pelo Brasil. Este trabalho leva em média, da concepção ao lançamento, quatro meses para se realizar.

4) A próxima já está "no forno"? Dá para adiantar alguma coisa? Vem do ar, da terra, do fogo, do metal ou da madeira?

WL: Sim! A próxima coleção já está sendo desenvolvida. Estamos na etapa das pesquisas e há muitas surpresas por vir. Nesta nova coleção, chegaremos ao corte número 100 (W100 como chamamos no Werner) e posso adiantar que será uma coleção comemorativa pois este é um grande momento na empresa.

5) O que é melhor: a fase de criação ou o lançamento de uma coleção?

WL: Eu sou muito suspeito para falar disto. Para mim, tanto a fase de criação quanto
o lançamento são momentos especiais. Quando estou criando, qualquer coisa é capaz de me inspirar ainda mais. É a fase dos meus inúmeros ‘brainstoms’. Durmo e acordo pensando em todos os aspectos da coleção: modelos, cortes, roupas, locações, fotografias... A fase de lançamento é a fase da adrenalina: correria para que nada saia errado e a coleção possa ser apresentada para o público e profissionais da melhor forma possível. Além disto, esta fase é quando recebemos o retorno do trabalho que levamos meses para fazer. Sentir esta vibração é sempre muito bom.

6) Quem é Wagner Lopes?

WL: Falar sobre si mesmo é complicado, mas procuro fazer disto uma auto-analise.
Fui criado aprendendo a absorver todas as informações que eu pudesse. Minha mãe sempre diz que aprender nunca é demais e que é um processo infinito. Além disto, me ensinou a observar e experimentar coisas novas. Por ter esta criação, o mundo parece infinito para mim e qualquer oportunidade pode vir a ser uma grande oportunidade quando se tira o máximo de proveito que ela oferece. Eu ingressei na rede Werner sem saber ao certo o que iria acontecer e aprendi muito, tanto profissionalmente quanto pessoalmente e continuo aprendendo a cada dia. Acho que eu poderia me definir assim: um sagitariano com uma sede infindável por conhecimento.

Eu, de new look e Wagner Lopes.


Verdade seja dita, ou melhor, escrita: na Academia Werner tem muita, muita, gente que amo de verdade. Vou ver se consigo outras entrevistas.
bjs em todos.

Um comentário:

  1. Sandra, sei de você, através do Clube_Comunicação e vendo uma das suas chamadas ao seu site, segui-o e aqui estou. Achei-o encantador. Até mesmo sedutor e ele, remeteu-me e acho que é óbvio ao livro: O MENINO DO DEDO VERDE, aquele menininho que buscava dar um melhor colorido ao mundo tão cinzento e amargurado, com os seus dedinhos mágicos e pueris. Fiz uma analogia e constatei: é igualzinho, o menino do livro, a Sandra Braconot.
    Sucessos mil e que após a sua passagem, sempre...sempre...o chão se cubra com sementinhas de alegria, de flores do campo e de encantados girassóis, que alumiarão as nossas vidas e nos aproximarão dos bons eflúvios Divinais.

    ResponderExcluir

Será muito legal saber se valeu a pena vc ter vindo aqui. Me conte...